terça-feira, 18 de agosto de 2009

Não existe um Mr. Darcy em Assis

Nessas duas semanas de quarentena eu pude assistir vários filmes e reler livros que eu gosto muito, entre ele estavam Orgulho e Preconceito tanto o livro quanto filme. Disso saíu esta pequena comparação entre os Mrs. Darcy de cada um, e pude ver que falta um Mr. Darcy em Assis.
Pela descrição no livro, Mr. Darcy parece ser apenas uma pessoa de feições corretas, ou seja, nem bonito, nem feio. Na média. Pra mim já começa perfeito, porque não sou muito ligado em aparência. Sem demagogia, gente bonita é gente bonita, mas não precisa ser bonito pra ser atraente.
Ele é inteligente, tem atitudes nobres e tem um arzinho arrogante. Arrogância não é legal, mas até isso depende. Tem gente que tem aquele arzinho esnobe e mesmo assim é um amor de pessoa, sem entrar em detalhes... Ele é alto. Já me relacionei com baixinhos, mas não foram experiência bem sucedidas, (não sei se é porque eu sou alto e não deu certo... Sei lá), mas o sucesso deve estar com os mais altos.
Ele é rico. Eu, sendo muito sincero, não faço questão desse detalhe, mas é inegável que dinheiro ajuda. E já que ele tem muito, qual o problema?
Ele tem olhos azuis e cabelos negros. Essas características não estão explícitas no livro, é a beleza que o ator Matthew Macfadyen levou para o personagem e que é a combinação perfeita. Outro detalhe adorável: os olhos tristes que o ator emprestou ao personagem. Vocês podem ver por alguma foto dele na net que o cara é maravilhoso, mas no filme ele fica triste, ligeiramente sombrio, distante, Mr. Darcy, basicamente. E eu adoro uma figura assim… Ligeiramente distante, com esse arzinho blasé (desde que eles me dêem atenção, é claro), difícil é encontrar um cara desses aqui em Assis!
E, por último, mas não menos relevante: ele se deixa transformar pelo amor. O enredo de Orgulho e Preconceito se pauta basicamente nisso, em como as personagens se deixam cegar pelo orgulho e pelo preconceito e como o amor os transforma em pessoas capazes além das primeiras impressões. Tão romântico...
Eu gostei tanto do personagem… Não sei nem explicar exatamente o porquê. Acho que muito da minha paixonite (sim, eu me apaixono por personagens!) tem a ver com o fato de ele ser um homem de verdade. Do tipo que assume compromissos, que cuida, que toma pra si a responsabilidade de resolver assuntos complicados. Ao mesmo tempo, ele ama. Ama muito. Ao ponto de buscar o amor da mocinha mesmo quando ela diz na cara dele que ele seria o último homem na terra com quem ela consideraria a possibilidade de se casar. Realmente, deve ser por isso que eu me apaixono por personagens, pela inexistência desse tipo de homem!
Outro detalhe que adorei e que tem mais a ver com a própria época do livro: os relacionamento românticos são tão mais simples quando as regras são claras. Se o carinha começa a te dar o mínimo de atenção é porque ele quer casar com você. Simples, não? (Aqui se ele te dá o mínimo de atenção é porque quer te comer ou dar pra você, não que isso não seja bom, mas isso não é tudo!). Naquela época não precisava interpretar nada, os jogos eram mais simples porque as regras estavam explícitas pra todo mundo. Claro que tal detalhe tinha seus senões, mas que simplificava as coisas... Ah simplificava.


Enfim, eu quero um Mr. Darcy pra mim… Infelizmente falta um desse em Assis.

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