segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009

Janeiro:
Mês que não queria voltar mais para Assis!
Estava feliz em casa, até estava me sentindo bem em trabalhar com meu pai na lanchonete.
Fiz algumas viagens rotineiras.

Fevereiro:
Triste em ter que voltar para "Terra do nunca", fiz planos para ficar isolada do povo de História.
Já pensava na transferência para Unicamp.

Março:
De volta a Assis!
A últimas pessoas que queria encontrar era o povo de História. O Cleyton me chamou para ir a sua casa, e no caminho... Encontro com todos!
Trote... fiquei só observando... mas foi muito divertido.
Foi para a aula de japonês... não deu certo... parei
Ia para o treino de Taiko... parei
Porem, não sei em que momento me reaproximei da galera, foi a melhor coisa que aconteceu.

Abril:
Entrei para a B.O. teria!
Ok, não sei a diferença entre "tum" e "tum tum"... ai o Castor me Tirou da caixa e me colocou no Tamborim.

Maio:
Agitação de greve;
Organização para viajar para o Rio de Janeiro;
Estudando para algumas provas: Martinez e Barreiro.

Junho:
Rio de Janeiro: ENCANTADA! Perto de todas as pessoas que gosta; lugares lindos; passeio de barco; metro; livraria; sebo; GPS que não funcionam; baladinha ruim (nem tudo podia ser perfeito); dias perfeitos.
Ao ficar brava com a galera de casa, resolvi sair da rep
GREVE!!
Pequenos Movimentos em Assis, Manifestação em São Paulo.
Férias adiantadas.

Julho:
Ferias normais... muita falta de Assis!
27, volto para Assis.
28, o InterUnesp pago!
29, descubro que fomos dispensados por causa da Gripe Suína.
31, de volta para Amparo.

Agosto:
Preocupação com a prova do Martinez.
Festa " B.O.ta dentro".
Aumenta o numero de ensaios.
Escolha da galera que ia para o desafio.

Setembro:
Preparativos para o InterUnesp.
Mais ensaios
Dedicação para a matéria "Museu e Sociedade"
Festa "open bar" de história

Outubro:
Semana de História!
Semana do Cedap!
Mais ensaios!
Pré-Inter
InterUnesp: Dias esperados! Alojamento no prédio de Biotec ou Eng. Biotecnológica; Chopp Conte, Tenda, Festa da bata , DESAFIO ( 3ºLugar), Festa do pijama, Integração com a Furiosa, Tenda, Festa a Fantasia, o Mundo quase acabou ( Cade o Dente da Japa), não aguentava mais tocas tamborim.
... Lembrar que tem coisas para estudar =/
Minha rep foi roubada!

Novembro:
Não queria mais festa.
Estudando, colocando minha vida em Ordem. Resenhas, Análise Critica, leitura e mais leitura.
Provas: Milton e Barreiro.
Alguns desentendimentos!

Dezembro:
Festa de 15 anos + intervenção!
Integração com B.O. Teria + Furiosa ( B.O Terosa)
Semana de Liberdade Criativa.
Período Alojada na casa da Carol, parte das coisa na casa da Esther (minha futura rep)
Provas: Célia, Martinez, Ruy, Beired.
Martinez aceita me orientar!
De volta para Amparo.

Foi um ano muito bom. Me reaproximei da galera de História, pessoas essenciais.
Tenho grandes perspectivas para o próximo ano.
Projeto de pesquisa, Nova Rep, Novos Professores e Projeto para a B.O.teria.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Minha vida assisense: o primeiro assalto

Danilo Gentili é preso em Assis

Antes de qualquer coisa, assistam esse vídeo. A lei da vadiagem causou muita polêmica quando foi colocada em vigor - novamente - aqui na cidade. O CQC, provavelmente aproveitando o puxadinho do Palmeiras x Corinthians, em Presidente Prudente, mandou o Gentili pra cá pra dar uma "olhada" nessa tal lei.
Acho engraçado ver isso, ele veio gravar essa matéria no final de semana de feriado e, ora vejam, a polícia estava bem eficiente, não? Prendendo um repórter conhecido e tudo o mais. Logo no começo da matéria, alguns moradores de Assis comentam o quanto essa lei ajudou a diminuir a criminalidade na cidade e é nessa parte que eu fico mais revoltada. Ajudou a diminuir a criminalidade onde?
De domingo pra segunda-feira (do feriado) pularam o muro da minha casa, eu estava aqui e acordada. Foram até o fundo pelo lado de fora (estava no quarto da Pâm, que dá pro fundo, coincidentemente, a janela estava aberta), pegaram duas calças jeans novas da Dani e uma jaqueta e, como a janela do nosso banheiro dá pro corredor, levaram nossos shampoos, condicionadores, sabonetes faciais e íntimos.
A primeiro momento, é pra chorar de rir. Sério, sou de São Paulo, fico abismada com o nível que chega. Sabe, levar roupa e produtos de higiene pessoal pela metade? Aí volto pra questão ali de cima, ajudou a diminuir a criminalidade onde? O Gentili estava entrevistando pessoas na Av. Rui Barbosa, em frente as Casas Bahia que, da minha casa, dá uns 15 minutos de bicicleta. É engraçado ver, quem é de fato da cidade não tem problemas de assalto, agora com os estudantes, é um tapa atrás do outro. Duas quadras pra baixo arrebentaram o portão da casa de um conhecido e levaram a bicicleta, subindo duas quadras na rua que moro limparam a casa de uma bixete minha e duas quadras pra baixo da casa dela assaltaram a casa da Aline, uma semana antes da minha.
O que a Polícia alega: o B.O. tem que ser registrado pra eles pensarem em tirar a bunda da cadeira. Mas pra prender o Gentili em pleno feriado eles saem, né? É um absurdo, eles sabem não é de hoje que a região perto da UNESP é a que mais tem assaltos, assim como sabem que todos ocorrem durante feriados e férias. A intenção não é prender vadios? Façam a ronda aqui então, vão achar vários, ou ser ladrão é profissão?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Minha vida assisense: a greve suína

Quanto tempo ficamos sem aula por uma "greve" que não nos acrescentou em nada? Além dela quase um mês adicional de férias forçadas por conta da gripe da moda. Ficaram empurrando até onde podiam e, que coisa, nenhuma cura milagrosa apareceu pra resolver nossos problemas. Resultados? Perdemos todos os feriados do segundo semestre e mais um bom tempo em Assis no mês de dezembro. É rir pra não chorar de desgosto.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Não existe um Mr. Darcy em Assis

Nessas duas semanas de quarentena eu pude assistir vários filmes e reler livros que eu gosto muito, entre ele estavam Orgulho e Preconceito tanto o livro quanto filme. Disso saíu esta pequena comparação entre os Mrs. Darcy de cada um, e pude ver que falta um Mr. Darcy em Assis.
Pela descrição no livro, Mr. Darcy parece ser apenas uma pessoa de feições corretas, ou seja, nem bonito, nem feio. Na média. Pra mim já começa perfeito, porque não sou muito ligado em aparência. Sem demagogia, gente bonita é gente bonita, mas não precisa ser bonito pra ser atraente.
Ele é inteligente, tem atitudes nobres e tem um arzinho arrogante. Arrogância não é legal, mas até isso depende. Tem gente que tem aquele arzinho esnobe e mesmo assim é um amor de pessoa, sem entrar em detalhes... Ele é alto. Já me relacionei com baixinhos, mas não foram experiência bem sucedidas, (não sei se é porque eu sou alto e não deu certo... Sei lá), mas o sucesso deve estar com os mais altos.
Ele é rico. Eu, sendo muito sincero, não faço questão desse detalhe, mas é inegável que dinheiro ajuda. E já que ele tem muito, qual o problema?
Ele tem olhos azuis e cabelos negros. Essas características não estão explícitas no livro, é a beleza que o ator Matthew Macfadyen levou para o personagem e que é a combinação perfeita. Outro detalhe adorável: os olhos tristes que o ator emprestou ao personagem. Vocês podem ver por alguma foto dele na net que o cara é maravilhoso, mas no filme ele fica triste, ligeiramente sombrio, distante, Mr. Darcy, basicamente. E eu adoro uma figura assim… Ligeiramente distante, com esse arzinho blasé (desde que eles me dêem atenção, é claro), difícil é encontrar um cara desses aqui em Assis!
E, por último, mas não menos relevante: ele se deixa transformar pelo amor. O enredo de Orgulho e Preconceito se pauta basicamente nisso, em como as personagens se deixam cegar pelo orgulho e pelo preconceito e como o amor os transforma em pessoas capazes além das primeiras impressões. Tão romântico...
Eu gostei tanto do personagem… Não sei nem explicar exatamente o porquê. Acho que muito da minha paixonite (sim, eu me apaixono por personagens!) tem a ver com o fato de ele ser um homem de verdade. Do tipo que assume compromissos, que cuida, que toma pra si a responsabilidade de resolver assuntos complicados. Ao mesmo tempo, ele ama. Ama muito. Ao ponto de buscar o amor da mocinha mesmo quando ela diz na cara dele que ele seria o último homem na terra com quem ela consideraria a possibilidade de se casar. Realmente, deve ser por isso que eu me apaixono por personagens, pela inexistência desse tipo de homem!
Outro detalhe que adorei e que tem mais a ver com a própria época do livro: os relacionamento românticos são tão mais simples quando as regras são claras. Se o carinha começa a te dar o mínimo de atenção é porque ele quer casar com você. Simples, não? (Aqui se ele te dá o mínimo de atenção é porque quer te comer ou dar pra você, não que isso não seja bom, mas isso não é tudo!). Naquela época não precisava interpretar nada, os jogos eram mais simples porque as regras estavam explícitas pra todo mundo. Claro que tal detalhe tinha seus senões, mas que simplificava as coisas... Ah simplificava.


Enfim, eu quero um Mr. Darcy pra mim… Infelizmente falta um desse em Assis.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Minha Vida Assisense: Férias! [Parte 2]

Nada me deixou tão ansiosa que essas férias de 2009.
Este ano esta muito confuso. Nossa ultima aula foi dia 29 de MAIO, depois paramos. Primeiro foi por causas da história da greve, entra ou não entra em greve. Em seguida houve uma despensa por causa da gripe suína, voltamos para casa mais cedo! Tinhamos a certeza que voltaríamos para Assis uma semana mais cedo, estamos lá... Felizes ou não! Cheguei na segunda-feira do dia 27/07, e na quarta feira fomos novamente dispensados até o dia 17/08, por causa da gripe suína novamente. Estamos próximo a essa data e a rumores que teremos novamente uma nova dispensa, pelo mesmo motivo anterior.
Porém não é o caso de ficar nessa indecisão de volta ou não volta que mais me irrita. Mas é o professor de História Ambiental, temido por tidos, que não se comunica. Não sabemos se teremos prova na segunda ou não. E fico assim sem saber o que fazer! Volto quando para Assis? Estudo para a Prova? Vai ter prova? E claro, o que me preocupa mais preocupada é iremos ter a festa dia 21/08?

sábado, 18 de julho de 2009

Minha vida assisense: as férias

Andei chegando a conclusão de que somos muito reclamões. Se convivemos demais, achamos ruim, se convivemos de menos, achamos ruim.
Quando chega o final de semestre, as pessoas estão estressadas com Deus e o mundo, só querem saber da sua casa, de ficar o mais longe possível daquele lugarzinho chamado Assis. E aí passa uma semana de férias, e você percebe que já está entediado, que a sua vida lá em Assis está fazendo falta...
Sou contra essas férias tão longas, mesmo que você encontre um amigo ou outro da faculdade durante as férias, não é a sua turma inteira. Sair é caro, em Assis um almoço, uma noite no bar, um filme... Sai barato demais. Lá é tudo tão mais simples e tão mais divertido...
Estou contando os dias, e estou agradecendo a Deus por já caberem nos dedos das mãos os dias que faltam para chegar naquela terrinha estranha.

sábado, 11 de julho de 2009

Saudades da Terra do Nunca!!!

Tem quase 20 dias que estou de férias, já sinto falta de Assis. Das minha longas horas dentro da biblioteca, dos meus ensaios da bateria, das poucas festas que vou, da comida do R.U e até da minha rep. Mas o que mais sinto falta, são meus amigos.

Quando chega os fins de semana, e sem nada para fazer, vou ao Max Avenida, é o lugar que mais tem unespiano. Pronto, encontro o povo de letras, psico, história e até de bio e biotec.

Também tem aqueles dias que não estou afim de cozinhar, ( eu nunca estou afim de cozinhar) vou para a casa de algum amigo.

Tem aqueles dias que ninguém quer comer no R.U, e não teve aula ou acabou mais cedo, então vamos fazer comida na casa de alguém... e o cardápio é sempre o mesmo... Macarrão, com o refrigerante mais barato!

Sinto imensa falta da minha vida em Assis.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Minha vida assisense: a alma gêmea

Tem um fato que desde o primeiro ano eu reparo e, conforme o tempo passa, só tenho mais certeza dessa minha teoria - que talvez nem seja originalmente minha, mas como ninguém usou o termo alma gêmea, tomei como meu.
Como já comentei anteriormente, amizades iniciadas em Assis são totalmente diferentes das amizades que construímos ao longo da nossa vida, e é exatamente por ser diferente que, dentro dessa intensidade, surge a categoria que classifiquei como "alma gêmea". O que seria essa alma gêmea?
Na verdade é um modo bobo de me referir a um melhor amigo. Cada pessoa que chega aqui encontra seu par. Eu tenho a Carol, o Rafael tem o Breno, a Dri tem a Lu, a Rô tem a Ká, o Diego tem o Thiago, a Pudim tem a Gralha, a Camila tem a Júlia e por aí segue.
É difícil explicar como acontece, sem querer menosprezar uma amizade, mas é quase como se nossos destinos estivessem traçados desde a maternidade, tipo um casamento. E o mais engraçado é que, não em todos os casos, mas na sua maioria, as pessoas são muito, muito opostas. Pelo que elas se identificam? Acho um mistério.
Mas quem sou eu pra tentar explicar a intensidade de uma amizade assisense, não é mesmo?

domingo, 7 de junho de 2009

Minha vida assisense: a convivência

Eu tinha - aliás, continuo tendo - uma série de temáticas pra compartilhar, mas depois das últimas semanas - principalmente a última - que veio com uma carga imensa de estudos e, logo em seguida, uma viagem para o Rio de Janeiro - que é uma das próximas temáticas - só me restou tempo agora pra voltar a escrever. Resolvi pular todas as outras, porque a convivência em Assis é algo que começa a incomodar nos finais de semestre.
Claro que, por ter amigos em várias faculdades e em diversos cursos, eu tenho consciência de que em quase todas rola um estresse muito grande no final de semestre. São várias provas, trabalhos e resenhas, mas o engraçado mesmo é que as pessoas começam a se cansar umas das outras. Não por falta de amor, carinho e companheirismo, muito pelo contrário, todos os dias estamos lá, firmes e fortes nos apoiando, acudindo, nos divertindo, brigando... Enfim, coisas normais de uma amizade comum, com a pequena diferença da carga horária que essa amizade tem em Assis.
Como diz minha mãe: "tudo em excesso faz mal", e ela está certa. Isso se aplica pra comida, bebida, por que não pra amizades com hora extra?
É extremamente desgastante passar por brigas de final de semestre, que é o momento que mais precisamos uns dos outros e de uma cabeça tranqüila - por mais que estejamos estudando que nem condenados. Mas faz parte, e se não fizesse, não teria graça. As férias servem para revermos algumas amizades e ver o quanto algumas pessoas fazem falta.
E sabe a graça disso tudo?
A maior parte das pessoas fica num ciclo vicioso: chega em Assis, se diverte com os amigos, vai ficando mais tranqüila durante o meio do semestre, aí quando chega o final do semestre, começa a pancadaria por nota, trabalho, prova, a cozinha que ficou suja... Enfim, qualquer coisa se torna desculpa, mas sempre volta pra normalidade.

sábado, 6 de junho de 2009

Sim ou Não?

Queria ter escrito isso antes! Mas só consegui fazer o e-mail agora!


Talvez o convívio quase que diário e a falta de assunto, faça com que passemos a observar melhor as coisas. Foi assim que surgiu a brincadeira do fusca e da combi. Pra quem não conhece é assim, quando ver um fusca de qualquer cor pode da um soco no colega do lado, um combi igual a dois socos, e um fusca AZUL CALCINHA igual a vinte socos!


E por causa dessa brincadeira inútil, eu sei, é que passei a reparar quantos fusca existem em AX de varias cores: amarelo fraco, amarelo forte, azul calcinha, azul escuro, verde claro, verde escuro, verde musgo, rosa, roxo, branco, bege, laranja, marrom e entre outras que não lembro agora!


Fusca seria uma reflexo de uma cidade em desenvolvimento ou uma paixão assisense?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

TPM (Tensão pós Martinez)

Nossa, hoje teve prova do Titio Mamá, a aula dele é FODAA, mas a provaa.... ai ai hehehehe...
Eu nem sabia o que estudaria em História Ambiental, mas depois da aula desse cara eu posso dizer que é muitooooooooooooo legal a matéria, na verdade, depois do meu projeto, ambiental é o que eu mais gosto de estudar na faculdade... Estranho né?

Bom, agora estou mais aliviada já que já foram duas provas de três de ambiental...
E que venha a prova de Brasil Monárquico...
Que venha o Rioo...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Minha vida assisense: os seminários infernais

A vida universitária é muito divertida, mas, puta que me pariu, como faz parte virar noites estudando.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Minha vida assisense: os feriados

No primeiro ano você se dá ao luxo de ir embora de Assis em todos os feriados, não importa se ele dura três dias ou uma semana inteira: você vai embora. Ano passado, além de estar no primeiro ano, foi um ano que faltavam feriados, principalmente no segundo semestre, então sei bem o quão deprimente foi ficar em Assis em um feriado.
Você caça as pessoas e gruda nelas pra se livrar do tédio. Programação não tem muita, a boa é ficar em casa, fazer algo gostoso pra comer, beber e assistir algum filme. Naquele meu primeiro feriado, além de tudo isso, destruí uma cama sem querer, bebi e passei mal pela primeira vez por causa da bebida, a ponto de não lembrar das coisas, andei acompanhada na última noite do feriado prolongado em busca de algo para se fazer e, descobrimos naquele dia que as pessoas fazem isso, pois encontramos alguns conhecidos andando em busca de algo por fazer assim como nós, mas a coisa que mais me surpreendeu naquele feriado, foi algo que só se vê em desenhos animados: uma bola de feno pulou solitária pela avenida Dom Antônio. É engraçado lembrar disso agora, mas no momento só conseguia pensar que a cidade por si só emanava o tédio do feriado.
Esse ano já comecei a ter uma visão diferente. O tédio de feriado que emana na cidade continua o mesmo, e aparentemente não vai mudar tão cedo, só que agora eu assisto o desespero dos novatos pra ir embora em todos os feriados, e olha que eles tiveram praticamente um mês de folga com o número inacabável de feriados, enquanto eu estava em Assis numa boa, porque todos meus amigos estavam aqui. Ninguém estava com pressa de ir embora, afinal, três meses longe dessa terrinha, por mais que não seja igual voltar pra casa e comer uma comida muito mais saborosa que a que você faz todos os dias, são três meses longe de todas aquelas experiências únicas que o seu outro lar não proporciona. Logo, ficar em Assis em feriados não é mais um problema. Você fala "vamos fazer alguma coisa?" e, quando você vê, todo mundo está junto fazendo nada, mas o tédio não está te tomando. Tipo um churrasco com dez pessoas, num domingo onde, para não pensar que você poderia estar na Virada Cultural, você resolve que assistir a final do Paulistão é a boa pra reunir a galera. Não que a grande parte realmente liga de ficar olhando a TV e assistir um jogo besta, mas é só uma desculpa que funciona, muito bem diga-se de passagem.
Mas que a bola de feno vai ficar nas minhas memórias de coisas absurdas... Ah, se vai.

domingo, 3 de maio de 2009

USP? Blahhh... UNESP é mais legal!

Todos sabem que eu cheguei na UNESP com um única certeza: Pedir transfêrencia pra USP no meio do ano...
Bom, o meio do ano passou, o ano passou, e hoje a única certeza que eu tenho, é que 4 anos vão ser pouco aqui na neverland.
As coisas que foram acontecendo e muduram minha cabeça, fez com que eu me apaixonasse pela vida que eu levo aqui, as pessoas foram mostrando que podem ser ótimas amigas, que podem até parecer que são sua família, as coisas começam a ficar mais divertidas aqui do que na sua cidade, você começa a perceber que por mais liberdade que você tinha na sua casa, aqui você faz sua liberdade!

Bom, não vou escrever muito por falta de inspiração. Mas só queria deixar registrado uma coisa: SOU FELIZ POR ISSO ESTOU EM ASSIS! hahahahaha Frase da Esther/Balão Mágico, mas que realmente é uma verdade!

Minha vida assisense: meus amigos são únicos

Você está longe de casa, ou pelo menos a maior parte está, afinal são poucos os assisenses que são alunos da UNESP e, salve alguns que vem e vão todos os dias nas vans e ônibus que ficam humildes pelo campus esperando os alunos pra levá-los de volta para as cidades que ficam nos arredores. Se a maior parte está longe de casa, logo imagina-se que também estão longe dos parentes, que mais uma vez salvam alguns casos, eu só conheço dois, dois irmãos que estão em Assis em cursos diferentes e dois "bixos" de História, pai e filho freqüentando a mesma sala. Aliás, ressalto o quanto isso é adorável, eu acharia sensacional se, em uma hipótese bem louca, abstraindo o fato de que minha mãe trabalha há anos no mesmo lugar e que a UNESP de Assis não tem Geografia, minha mãe estudasse no mesmo campus que eu. Amém que é uma hipótese bem louca, provavelmente minha vida não seria assim se ela fosse possível.
Nossa vida em Assis, no começo, é um tremendo Big Brother, a diferença é que não estamos sendo assistidos por ninguém além de nós. Muitos chegam aqui com uma máscara, e nem sempre com uma má intenção. Existe muito medo, receio de mostrar quem realmente somos, provavelmente pelo medo de acabarmos sozinhos, o que é totalmente aceitável, só que alguns fazem isso do jeito errado. Se você é aquela pessoa muito legal, você incomoda. Se você é aquela pessoa muito porra louca, que faz brincadeiras com tudo e todos, a tendência a adquirir o ódio alheio é muito grande. Se você é aquela pessoa que acha que sabe de tudo, e se sente muito melhor do que aqueles que, "por acaso", entraram no mesmo lugar que você e que, "por acaso", estudam na mesma sala que você, é bem provável que você será reprimido pelos outros e, provavelmente, será o isolado e, quem sabe, não acaba desistindo do curso e indo embora?
Alguns demoram pra se dar conta que são máscaras, outros nem se dão conta disso. Me incluo nas pessoas que se dão conta, mas só depois de um ano vivendo tudo isso me dei conta. Os exemplos que dei serão facilmente identificados por alguns, um caso bem específico, aliás, será extremamente fácil de identificar, espero que se manifeste. De qualquer forma, com o tempo, alguns se cansam do fardo de carregar a máscara, ela é pesada demais pra durar quatro anos, e interpretar alguém que você não é torna-se massante. Por isso, conforme as máscaras caem, as pessoas se apegam mais. Você percebe que aquela pessoa que quis ser muito legal não sabia como se aproximar, aquele fulano que era porra louca... Bom, é porra louca de fato, mas que pode ser um ótimo amigo - diga-se de passagem, que a pessoa que vestia a máscara era uma das pessoas que eu mais odiava, e hoje é uma das pessoas que quero que esteja na minha vida pra sempre - e que aquela pessoa que sabia de tudo... Graças a Deus foi embora, pois deixou a máscara cair muito tarde.
A convivência aqui é algo incrível, porque você está longe dos pais, então não tem quem te dê bronca. Alguém que te lembre que você tem que arrumar o quarto e estudar. É o tipo de coisa que você aprende por si só. Tudo se torna mais intenso. Uma amizade que leva anos pra ser construída pode ser erguida rapidamente em Assis. Você pode morar em casas diferentes, mas são próximas. Você pode não ver todos os dias, mas são praticamente 250 dias presos na mesma cidade todos os anos. Pra que ligar pra um amigo e ficar horas no telefone se você só precisa pegar a bicicleta e pedalar até a casa dele?
Quando você faz algo errado, não é pra sua mãe que você corre, você pensa primeiro naquele que está mais próximo e, por incrível que pareça, a conversa será melhor do que a que você teria com seus pais, afinal, seu amigo não vai passar a mão na sua cabeça, ele se sentirá livre para expor o que realmente pensa, ou simplesmente te entender e ficar em silêncio. Ao mesmo tempo que ele te dá uma bronca, ele te dará um abraço enquanto você chora e fará um cafuné. E, não sendo tão hipócrita, será ele que te comprará umas cervejas geladas pra levantar os ânimos, isso se não modos alternativos de alegria.
Tudo é tão intenso, tão acolhedor e tão real, que, quando você lembra que, ao final de quatro anos, cada um voltará para o lugar que pertence - e essa é uma parte realmente complicada, tendo em vista que cada um vem de um canto do Estado, se não de outro -, dá um aperto. Quando você quiser aparecer na casa de um amigo, não será mais tão fácil. Quando você quiser marcar um churrasco e uma cervejada, não será tão simples. Quando você tiver um tempo livre, talvez seu amigo não tenha. E vê-los não será gratuito, vai existir um gasto pra se locomover. Nesse momento você se dá conta de como a vida assisense é maravilhosa e se apega a tudo que ela proporciona, mas no final, sempre acharemos que nunca terá sido o suficiente.
Não trabalhamos, pagamos contas e limpamos a casa, mas de um jeito que ainda é diferente que será daqui alguns anos, temos responsabilidades, mas nem são absurdas como as futuras e, pensar nisso, faz com que estudar até pareça muito mais divertido do que realmente é agora, mas vamos sentir uma falta de virar noites pra estudar para as provas.
Não se fabricam amigos na minha terra como se fabricam em Assis. Mas a diferença é meramente ilustrativa, amizade é amizade e não tem como questionar, em Assis você monta uma segunda família.





Espero que, se algum amigo que não seja UNESPiano ler isso aqui, entenda que eu amo você de qualquer jeito e que você é importante na minha vida, mas tente entender o ponto de vista retratado.
Sim, estou com medo de ser linchada por aí.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Minha vida assisense: o céu estrelado

Dia primeiro de fevereiro sairam as duas primeiras listas da UNESP - aprovados e segunda chamada. Eu estava em décima oitava posição da segunda lista, doze pessoas seriam chamadas. Dia onze de fevereiro eu estava indo pro primeiro dia de aula na UNICSUL. Dia vinte e cinco eu saí correndo da sala de aula e fui no LABDOC da UNICSUL abrir a página da internet que eu aguardei por tantos dias. Quando eu vi meu nome ali, nem me importei de ser a última, pelo simples fato de eu ser a última. Chorei, entrei em êxtase, gritei, a Pichi me ligou e... Eu explodi.
Dois dias depois eu embarquei pela primeira vez em um ônibus da Andorinha. Lembro de ouvir durante a noite uma garota reclamando pra mãe pelo telefone que estava com frio, pois tinha esquecido o agasalho. Lembro que cheguei às 5h30 do dia vinte e sete de fereiro naquela rodoviária. E eu estava sozinha. Eu estava longe de casa, num ambiente novo e sozinha. A rodoviária de Assis não é muito acolhedora. Ela é pequena, simples e longe do movimento. Ainda estava escuro, e faltavam algumas horas até o horário da matrícula. Sentei em um daqueles bancos cinzas gelados e fiquei olhando ao meu redor. Não lembro o que pensava, talvez não pensasse, estava anestesiada com tudo o que estava acontecendo em um intervalo de tempo tão curto. Duas garotas que estavam no mesmo ônibus que eu, uma delas com a mãe, puxaram assunto. Elas haviam passado em Letras, também iam procurar casa, não conheciam a cidade. Igual a mim, igual a quase todas as pessoas que chegam aqui. Esperamos amanhecer para pegarmos o ônibus que nos levaria à UNESP.
Como recordo do desespero que me deu quando comecei a observar as casas pelas quais passamos. Casas simples, muro baixo, quase todas imundas de terra, bairros tão... simples. Uma visão preconceituosa a que eu tive naquele momento, talvez por estar acostumada com grandes cidades, já vi a imagem de uma favela na pequena cidade fraternal. Simplesmente me enganei, estava dando a volta pelo bairro pobre e mais afastado das partes conhecidas de Assis.
O ponto final do ônibus dava na porta do prédio de Letras, onde fui fazer minha matrícula. A sensação que estava por ali era de alegria. Sentei com meus documentos em uma sala e fiz minha matrícula. Quando saí já estava sem agasalho, estava quente. Quente como só Assis consegue ser.
Feita a matrícula, precisava arranjar uma casa para morar. Só tinha uma porta pela qual sair, onde estavam pintando os bixos. Eu saí muito quieta, e nem repararam, mas foi só abrir a boca que vieram me pintar. Claro, veteranos de Letras. Os historiadores demoraram para aparecer com suas tintas, pois estavam em aula, mas assim que chegaram, me senti acolhida e finalmente em casa. Falaram de tudo e até me ofereceram lugar pra passar a noite. Encontrei novamente as meninas de Letras e fomos em busca de uma casa. Andar debaixo desse sol depois do monte de tinta que passaram na gente só não é pior que andar no sol no dia do trote. Me dei conta do esgotamento que estava quando voltamos pra faculdade para almoçar no R.U. e comecei a ficar enjoada. Eu estava perdendo a paciência. Achar uma casa sozinha numa cidade nova faz com que ela pareça ter dez vezes o tamanho que ela realmente tem. Lá pras 15h eu fui pra uma última casa e decidi que seria aquela mesma, estava muito cansada, não aguentava mais voltar pra faculdade pra pegar novos números de telefone. 16h já estava na rodoviária novamente, troquei a passagem que tinha comprado pras 23h - não sei o que tinha em mente quando compramos a passagem pra esse horário, o que eu ainda estaria fazendo na cidade nesse horário? - e fui me lavar no banheiro pra poder trocar de camiseta e voltar a vestir meu agasalho sem sujá-lo. Sei o quão esgotada eu estava porque, quando liguei pra minha mãe avisando que tinha trocado a passagem e que já estava voltando pra casa, estava chorando.
Depois disso foi só correria, pois dia três eu já estaria de volta a cidade fraternal novamente. Naqueles dias de preparação, trabalhei pela última vez na Aniballoon e no Tropical Kids, tive uma despedida com a minha família, que foi o início do que seria minha mãe melhorada hoje. Lembro do quão surpreso meu avô ficou quando minha mãe apareceu sorridente na pizzaria com sacolas de compras. O estranho não foram as sacolas, muito menos os sorrisos, foi o simples fato de ela ter aparecido. Gostaria de entender a mudança radical que minha mãe teve assim que meu nome estava na lista de convocados. Será que ela pensava que eu era sem futuro? Uma causa perdida? Realmente não sei, mas acho que um dia ainda descubro, não tenho cara de perguntar. Ainda.
Depois que cheguei em Assis, fui me instalando aos poucos, mas estava me adaptando bem. Muitas crises de choro, saudades, tudo pela falta de contato, mas tudo temporário, afinal, ainda estava sozinha, mas não por opção, todos que chegam aqui costumam estar sozinhos, você tem que aprender a viver novamente. Um ambiente diferente, pessoas diferentes, um cotidiano diferente, mas em pouco tempo já haviam laços se criando e não estava mais sozinha. Foi aí que comecei a me dar ao luxo de ver mais coisas na cidade, tentar apreciar alguma coisa nela ao invés de odiar o calor insuportável do dia e a terra vermelha que sujavam meus pés.
E então percebi que o céu estrelado de Assis é diferente de qualquer outro lugar que eu já tenha ido. O céu iluminado pela lua cheia então, sem palavras, um colírio para os olhos que ninguém pode negar. Esse ano, após o período de férias, fui conhecer a casa de um bixo que já é amigo meu da época do cursinho. As luzes estavam apagadas no fundo da casa, e quando olhei pro céu, fiquei ali, como se fosse a primeira vez. Era como se no período que eu tinha ficado fora, míseros três meses, milhões de estrelas tivessem surgido do nada. Ali estava a noite mais bonita que vi em Assis até hoje. Quando o Jaber se deu conta do que eu estava fazendo, ele quase caiu pra trás. Ele foi nocauteado por aquela beleza, tanto que disse que o céu de Assis seria uma das melhores recordações da vida dele. E eu concordo com isso, o céu assisense fará falta em todas as minhas noites quando eu sair daqui. Foi pensando nisso que, chegando em Assis às 5h30 dessa segunda-feira, como da primeira vez, que eu olhei pela janela e vi o céu estrelado sorrindo pra mim.
Uma lágrima escorreu pelo canto dos meus olhos.

Porque

Na última sexta-feira fui ao Museu da Língua Portuguesa com o Rafael e o Breno e fechamos aquela tarde agradável no café da Pinacoteca - é incrível o acesso a cultura na cidade de São Paulo - e, num desses devaneios que temos ao longo de conversas, estávamos falando de diários, sobre a vida que temos nessa pequena cidade fraterna e fiquei com isso na cabeça.
Acho que vale a pena uma tentativa de iniciar um blog conjunto que mostre as diversas visões desse lugar único em nossas vidas.